O Amor acontece assim...

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       Sinto o teu cheiro

       Ouço a tua respiração… sinto os teus braços a envolverem-me, a apertarem-me contra o teu peito…

      Revolves-me os cabelos e beijas-me ardentemente.

      As almas entregam-se, os corpos unificam-se  e o Amor acontece.

      O Amor não se faz… O Amor acontece! Acontece quando me acaricias a face e eu roubo-te um beijo. Acontece quando te entrelaças nas minhas pernas e eu me enrosco no teu tronco… 

      É nesse momento que o amor começa a acontecer…                                           
                                                                                                                              (...)«
                                                                                                                     

Não desistas de acreditar que tudo pode mudar.

A causa das coisas apenas reside em ti. Apenas foi por causa daquilo em que tu não acreditaste que isso aconteceu...

Está nas tuas mãos acreditar... pela última vez, nesta vida.

Já sabes que a saída existe, só precisas de não te deixar cair pelo medo de não saberes como fazer.

Não estás só...

E quando doer, respira.

Quando chorares, tem fé.

Quando te apetecer desistir, adormece.

Quando correres atrás do tempo, lembra-te que ele está ao teu lado e cabe-te a ti ditar o ritmo... O tempo não foge... Tu é que insistes correr à frente dele.

Não acabes com a tua história de vida porque tens medo de acreditar...

Ainda assim, tens a eternidade para aprender. Mas pode ser já...

Não sei se é o silêncio que cura o tempo,

ou se é o tempo, que por tanto que já passou, traz o silêncio.

Tão pouco sei se o mal tem cura e se tem remédio para sarar.
Talvez o remédio seja mesmo nada curar... e deixar o tempo passar.

Por isso em silêncio recuo no tempo,
E deixo a chuva passar.

Até que um dia o azul raiou e reparo como o tempo passou!
... foi o silêncio que me prendeu à chuva e a chuva foi esse tempo por quem me deixei molhar.

Se curou...? Acho que até começou a magoar!

O remédio não é curar...

O remédio é em silêncio, ir caminhando no tempo... sem resfriar.

E quando a tempestade passar, perceber que não foi preciso recuar para o tempo avançar.
Apenas foi preciso caminhar ao lado do tempo... esse tempo que nos fez chorar, mas que o silêncio acudiu, amparou e não deixou falar. 
E esse...esse foi o remédio!

A Love Letter to You from Universe

Este vídeo é lindo...

Não é o vídeo, é a energia, a mensagem... !

Era esta carta que eu precisava receber para guardar. Guardar no meu coração, na minha memória... E poder lê-la quando me sinto triste, quando acho que não sou capaz, quando me sinto sozinha, quando sinto que nada vale a pena... que eu não valho a pena...

Quando recebi esta carta do Universo, recebi o presente que precisava ... um presente do Céu!

Esta carta que recebi Lá de Cima... da minha Casa, fez-me sentir amada, abraçada, abençoada, compreendida. Saber que não estou sozinha ... 

E naqueles dias em que não acredito... em que não acredito em nada nem em ninguém, vou ler esta carta e vou saber que Ele um dia me escreveu e me disse:

               que sou fantástica, incrível, incomparável, que sou um Anjo, que sou engraçada, que sou um doce.... e compreende que às vezes também esteja zangada (claro, porque não?!)! E quando eu sorrio, quando estou feliz, e quando tenho curiosidade em saber mais e mais ... Ele diz-me que não há nada mais maravilhoso e por isso eu sou um presente! Diz-me que sou um ser maravilhoso! 

Diz-me para relaxar ... e não me esquecer que sou uma Fonte de Energia ... eu sou essa Energia Sagrada num corpo físico... que eu sou a Luz e o que isso pode beneficiar a Terra e todos quantos comigo se cruzam . Diz-me que sou tão amada! Diz-me que me ama ... tanto! 

Nesses dias em que nada dá certo, em que estou prestes a desistir ... vou ler esta carta...        

Someone like you...

É bom ter na vida alguém como tu.

Eu fujo, eu grito, eu peco, eu escarneço, eu viro-te a cara e tu afastas-te, mas não vais embora. Baixas a guarda, arreias o peso que carregas nas costas e suspiras... Mas ficas ali. À espera que o vento mude, que o vento sopre, que o dia volte a nascer... e me deixe acordar pelo primeiro raio de sol a tocar-me a face.

Continuas ali... à espera que eu decida ser feliz.

Entraste na minha vida para dela nunca saíres, decidido a não desistires de mim  ... mesmo quando dissimulei, lá longe, e te jurei um eterno sim.

E por isso te digo, é muito bom ter na vida alguém como tu...

Não deixas de estar aqui, de cumprir com o teu sim que, apesar de nunca mo teres prometido, preferiste mostrar-me o que é, verdadeiramente, um voto, uma jura eterna.

E mostraste-me que eterno não é  aquilo que é para sempre, para um tempo que nós sempre idealizamos como muito longo que ainda não veio, sequer. 

A promessa do teu sim mostra-se eterna quando me dizes sempre sim, mesmo quando eu te abano com a cabeça e te grito "não!". Quando eu esbracejo e quase te bato e tu ... "sim"... abraças-me!

Quando eu adormeço nos teus braços, exausta daquelas lógicas que não resolvi, e dizes-me “sim, dorme” , porque eu preciso descansar.

Tens sempre esperança no meu acordar… esperas que seja novo, esperas que ao embalares-me durante o sono, a noite tenha varrido os pensamentos tóxicos que me invadiram ontem e que hoje comece com um novo dia. Sem passado, sem futuro… apenas com o agora.

"Sim” nunca perdes a esperança… e no eterno momento do agora, continuas a dizer-me “sim”…   

                                                           

                                                       Não há ninguém na vida como tu ...

   

Alma Nua

Hoje dispo a minha alma.

Nela encontro as sete vidas, os sete fôlegos, que me empurraram até aqui, ao agora… a este momento.  

Nela encontro as sete cores sagradas da energia que me alimentou durante as sete vidas. Aquelas vidas que eu vivi, onde não me lembro como morri, mas em que afinal sobrevivi.

A minha alma hoje está despida e vejo como ela é translúcida, mexe-se … mas não tem forma. Aquece-me e não lhe vejo o fogo. Abraça-me sem ter braços. Senta-me ao seu colo, suaviza a dor que sinto no peito e não lhe consigo definir os traços.

Mas a nudez da minha alma sente o frio do medo, o cheiro nauseabundo da falta de fé e gela com a minha dúvida.

Hoje vi a minha alma despida. E prometi-lhe que voltaria a sobreviver. Pedi-lhe que não apagasse nenhuma daquelas sete luzes que me sempre alimentaram e disse-lhe: “nunca mais te vou deixar sentir frio." E supliquei-lhe: " nunca deixes de me aquecer aos  primeiros arrepios da minha fé.”

Se Eu Pudese Ser a Voz do Tempo

Se eu pudesse ser a voz do tempo, este tempo de hoje seria diferente.

As lágrimas que lá longe evitei, dar-lhes-ia voz... E hoje já não me assustava quando a minha alma pede para ser limpa. Todas as almas precisam chorar; todas as almas precisam lavar-se; todos os olhos precisam humedecer-se. E se eu fosse a voz do tempo, nesse tempo, eu teria chorado. Não o teria evitado. E hoje, continuava a chorar... mas não ficava assustada. A vergonha não vingava e saberia que estava apenas a cuidar da higiene do ser mais íntimo, mais frágil e que de especiais cuidados tanto carece: Eu! E tanto que esse meu eu precisou chorar! E se o tivesse feito, minha alma estaria alva de luz e hoje, já nem saberia chorar, sequer!

Se eu pudesse ser a voz do tempo, dava voz à tristeza. Teria sido triste quando era isso mesmo que sentia! E não a encarcerava nas celas dos almoços de circunstância, nos telefonemas banais ... Hoje não teria asfixiado a tristeza em relacionamentos estéreis, nem a deixaria perder-se na ilusão das aparências.

Se eu fosse a voz do tempo e esse tempo pudesse mudar, deixaria que a tristeza singrasse, que se tornasse gigante. Não a teria deixado dormir e por isso não a atulhava de terapêuticas curativas, autênticos placebos, que apenas a adormeciam! Tão pouco lhe tinha trocado o nome e jamais a teria alcunhado de depressão! E se assim tivesse sido, hoje, a minha tristeza estaria velhinha, já sem forças para assumir qualquer identidade.. É que hoje a minha tristeza estaria decrépita, enrugada, trémula, quase a sucumbir. Tinha tido uma juventude vivida, tinha-se assumido, tinha feito revoluções, tinha até chegado ao poder ... Mas depois cumpria-se o seu ciclo de vida... já não podia crescer mais. E começava a esmorecer. Com o passar dos anos, teria definhado e hoje, certamente, até já teria finado!

Se eu pudesse ter sido a voz do tempo, hoje já não teria voz. Aliás, hoje até poderia ser muda!

Porque se eu tivesse recuado àquele tempo e tivesse dado voz ao que a minha alma sentia e me pedia, hoje tudo era muito mais simples. Apenas choraria de comoção e sentir-me-ia gigante na coragem que tive em ter chorado, sem que a vergonha tivesse espreitado... só porque estava triste. Simplesmente...

É isso aí...

É isso aí, diz a música. E disse eu hoje, tantas vezes...

As vidas de cada um já não são mundos paralelos aos meu. Cruzam-se, encruzilham-se na minha!

Por vezes, ainda tenho a tentação de julgar. Já não é julgamento no sentido de crítica, mas ainda sussurro um murmúrio de lamento, de pena, de compaixão. Mas ainda é julgamento. O que significa que ainda há algo dessa realidade na minha vida.

Mas hoje percebi - pelas tais "estórias" que, durante o dia, se cruzaram na minha vida - que elas já não me encruzilham. Já não me algemam os membros e já não prendem o meu coração.

E é isso... é isso aí. Com o coração livre para amar, um olhar, um sorriso, uma carícia, faz toda a diferença na vida dessas pessoas. Mas na minha própria vida, faz a diferença toda!

Ser Mulher

Hoje resolvi ser mulher.

Não mulher que arruma tachos, varre a casa e põe a mesa. Mas mulher daquelas que não tem casa sequer. Mulher daquelas que abre os braços à liberdade e sente que a sua casa é o céu e que a nuvem, ainda que cinzenta, é onde essa mulher se deita.

Porque essa mulher transforma as cores. O cinzento passa a branco, a noite vira dia e o dia é uma permanente alvorada.

Essa mulher sorri para quem a ofende. Essa mulher, aliás,  já nem se ofende. Essa mulher está de braços abertos! Dorme sobre a nuvens! ... e por isso não se deixa acorrentar por palavras vis!

Essa mulher anda sobre as brasas e sabe que não se vai queimar. Aquecer? Talvez.... Mas porque não?!

Essa mulher diz SIM... a cada instante.

                                                                              E hoje... resolvi ser essa mulher.

Quando uma mulher ama de verdade

Quando uma mulher ama de verdade

O coração não acelera, a pele não transpira e o passo não se apressa.

Quando uma mulher ama de verdade

A sua energia não dobra, a força não cresce e a voz não se altera.

Quando uma mulher ama de verdade

Abraça, acolhe, sorri, quando menos a merecem.

Quando uma mulher ama de verdade

Chora ao descobrir que o amor... afinal está ali... bem junto de si!

Planeta EU

Hoje, o meu dia foi uma bênção. Duro, mas uma bênção. E só agora me apercebi. Agora mesmo!

Já tinha lido e juro que até acreditava, sem qualquer dúvida, que tudo que de menos bom nos acontece é uma bênção. Porque aí também está o TUDO e o TODO. Sabia a lição toda! E quando nós até sentimos que percebemos a lição toda, de cor e salteado, eis que é o momento do teste!

Pois bem, hoje fiz este exame.

E tão espiritual que eu lá estava! Ciente que tudo à minha volta haveria de me querer dizer alguma coisa. Mas isto de programar "ser-se espiritual" tem tempo controlado. Quando o ego nos invade a mente e nos dita: "vá, tens que ser espiritual, hoje especialmente", este controlo tem tempo de duração limitado. E a contagem decrescente vai-se dando: 4, 3.. 2... 1......ZERO! Acabou o tempo!

E aí, ou somos mesmo espirituais ou desabamos!

Pois bem, eu desabei!

E agora mesmo percebi a bênção que tive por desabar!

E agora também percebi que foi Deus quem contrariou o meu ego. Atenção, o meu Sr. Ego! Tão espiritual que ele hoje esteve! Estava um Senhor, de facto. E foi esse mesmo Deus que me fez desabar!

E porque por providência divina desabei, percebi uma coisa muito simples, muito singela. Mas muito pura, muito bela. Percebi que está nas minhas mãos a ordem de avançar. Avançar não em frente. Também não é recuar. Mas avançar em direcção ao planeta mais misterioso que existe no cosmos: EU! Eu, Carla Maria Caldeiras Correia!

Digamos que estava como um "space shuttle", com motores ligados, em ponto de partida. E hoje os motores aceleraram-se e iniciei o meu voo intergaláctico. E dirijo-me ao tal planeta, que eu vou abreviar-lhe o nome e vou chamar-lhe EU.

O planeta EU está por descobrir. O planeta Eu é farto em alimento, farto em água, farto de ar puro...  e tem tanta luz! O planeta Eu está repleto de fadas, de duendes, de querubins, que prepararam tudo durante anos, para quando eu chegar poder desfrutar daquele pequeno paraíso. 

E eu já me sinto a viajar.... até EU.

Parabéns

Hoje é o aniversário de um Ser muito especial.

Este Ser eu vejo, este Ser eu toco, este Ser eu oiço... Este Ser tem cheiro; este Ser dá gargalhadas; este Ser chora... Este Ser é isto tudo, mas é um Anjo.

Este Ser protege-me, acolhe-me, dá-me colo! Este Ser berra-me, ralha-me, puxa-me as orelhas... Este Ser é isto tudo, mas não é meu irmão.

Este Ser abraça-me, elogia-me, entrega-se totalmente... mas este Ser não é meu amante.

Este Ser é um soldado de Deus, daqueles que faz guarda-real ao Céu ... e que desceu de Lá de Cima e veio celebrar a Vida. Até me ajudou a nascer...!!! Mas não é meu pai.

Este Ser está na minha vida .... e hoje celebra-a comigo!

Parabéns!

Tem dias...

Tem dias em que acordamos e sentimos aquele conforto na alma...!

Tem dias em que olhamos para o céu e conseguimos agarrar o Mundo!

Tem dias em que sorrimos porque passamos a reparar em coisas simples...

Tem dias em que percebemos que por já termos sido lama, hoje sentimo-nos flor de lótus!

Tem dias em que um dia significa tanto!

Tem dias em que o pouco é tudo.

Tem dias em que sentimos uma serenidade inexplicável, uma protecção indiscritível, uma alegria enternecedora...

Tem dias ... em que estamos no Céu!

Rendição

Quantas vezes me apetece entrar p'la tua casa dentro e procurar-te, e pedir-te contas, e gritar-te e ... dizer-te que desisto.

Não sei bem do que é que desisto... E tu sabes que não sei.

Não me sinto cansada, não me sinto dorida. Encontro-me até saciada. Mas sinto-me agastada. Sem fôlego. Sem corpo. Encontro-me desidratada!

Estranhamente, ainda te sinto. Consigo ainda sentir o teu calor quando o meu coração está prestes a soltar a segunda lágrima.  

Consigo ver o teu ternurento sorriso... aquele que me refresca com as primeiras sílabas de "EU AMO-TE" e que fez com que eu não tivesse morrido de sede ti.

.... sinto o teu abraço. Aquele abraço que acolhe, que protege, que beija.

E é por isso que ainda respiro...

No dia seguinte, já me sinto serena, tranquila... em paz!

E sinto novamente vigor. E sinto novamente vontade. E sinto que estou quase - mesmo, mesmo quase - a encontrar o teu rasto.

E é isto que me faz continuar a viver. Que faz com que o meu sangue pulse de novo, em ritmo melodioso, e que invade todas as minhas veias ressequidas pela tristeza recente.

É saber-te como constante companhia da minha alma!

É ouvir a tua voz sorrir junto de meus ouvidos!

É perceber que todos aqueles meus apelos, súplicas até ... "dá-me força para ver e ouvir, sentir e intuir, a tua presença na minha vida" , realizaram-se!

É por isto tudo que já não consigo recuar.

É por isto tudo que me ajoelho ... perante ti ... e RENDO-ME!

Nova Era...

Desafiou-me um amigo para definir Nova Era... do que é para mim a Nova Era.

E tenho andado a pensar nisso... O que é para mim a Nova Era?

Não sei definir, nem sentir uma visão global de Nova Era. 

Talvez seja mais fácil definir o Novo Ser que agora emerge. Se é da Era, que é nova... não sei. Eu é que me sinto nova! Não sou mais a mesma. Mas não é de há uns anos, há uns meses, há uns dias, a esta parte... Não. É de alguns segundos a esta parte! Agora mesmo me tornei nova, outra... porque o que fui há 60 segundos, neste momento - neste preciso momento - acabou de mudar.

A cada Era da minha vida, constituída pelos milhões de segundos que já vivi, tudo se transforma. Umas larvas nascem; umas borboletas desabrocham ... e eu nem me reconheço mais! O que fui ontem? Já não sei. Não sou capaz de me lembrar. Porque hoje já sou outra.

Não sei sequer se existe Nova Era. O que existe mesmo, de verdade, é um Novo Ser ...que nasce a cada suspiro soprado...

Silêncio

Foi único...

Aqueles momentos, aquelas sensações, aquelas paisagens, aquelas pessoas, AQUELA pessoa... jamais esquecerei. Impregnou-me o corpo! Aqueles momentos, cada um, de per si, foram únicos!

Não sabia o que me esperava e por isso quis ser mera observadora. Mas é impossível quando a energia que se respira é de tal forma pura que nos eleva com uma força incontrolável! 

Por isso, observei (apenas por segundos) ... e logo subi ...! Fui lá a cima! Onde permaneci sempre durante aquele tempo. Acho até que é onde quero permanecer para sempre! 

Mas a verdade é que não apetece descer.  Apetece conectar, constantemente, com aquela ... - vou chamar-lhe: Vibração.

A sensação dessa vibração é inexplicável. A pele arrepia-se, os cabelos repelem-se, a boca seca, os olhos choram... mas o coração serena, apazigua-se, bate lento ... E assim permanece em todas as situações. Fica sereno perante manifestações de egos alheios; fica tranquilo quando o medo chega e é enfrentado; fica em silêncio quando o corpo dói .... suaviza-se quando o frio aperta, o calor atormenta e a iguaria enjoa.

Esta serenidade é viciante. Esta serenidade encontro-a no silêncio. No silêncio de mim ... É que é precisamente nesse silêncio que encontro aquela vibração...

O silêncio é o sentido da minha vida ... é lá que encontro TUDO.

O Nada

Tenho tantas dúvidas que mal consigo ordena-las na minha mente.

O meu coração já não sabe o que sente... tão pouco sabe se alguma vez sentiu.

À volta paira o "nada".

O nada de nada conseguir fazer, o nada de nada conseguir sentir, o nada de não saber para onde vou, o nada de não saber onde estou. Eu... não sei nada!

Este nada faz-me cair. Este nada faz-me perder. Este nada faz-me ficar.

Preciso de tréguas.

Preciso apaziguar.

Preciso respirar.

O deserto não acaba e no horizonte, lá está o nada... Esse nada que nada me deixa tocar.

Dizem que o nada é TUDO.

O que eu sei, o que eu digo, é que tudo à minha volta é NADA.

E é nesta estrada, neste caminho do nada, que tenho ainda de percorrer... porque é suposto que neste nada encontre tudo... tudo aquilo que é meu, que é para mim.

Neste nada hei-de encontrar tudo: a FONTE que saciará, finalmente, a sede de um dia me ter perdido no deserto de um momento.

Sopro

Deparei-me com esta frase, mesmo ao entardecer do dia:

"Com o Espírito em forma, o seu grande amor irá encontrá-lo.
Os amores espirituais encontram-se e encantam-se pela sensação de leveza que um causa ao outro. Os amores materiais esbarram-se pelo interesse, o que é corriqueiro. Há uma diferença considerável entre os dois. " - Ozeni Lim

Foi uma benção, um sinal, um sopro do céu, esta frase, hoje, aqui e agora!

Sabem como é sentir a sincornia de duas almas que se (re)encontram?! Em que os diálogos se dão por telepatia?! Onde apetece voar até àquele ponto de partida em que outrora se separaram?! Que finalmente aquele conforto se entranha e preenche aquele vazio que se foi agigantado?! Em que sentimos o corpo leve, livre ... pela serenidade, pela paz, pela ternura, quase já esquecida?!

Pois é.... apesar de tudo isso, houve algo em que esse AMOR ORIGINAL se esbarrou... Em algo de mundano, algo de corriqueiro, aquele AMOR tropeçou...

E foi aí que o Céu soprou... E mostrou que o Espírito, afinal, não estava em forma... E isso fez toda a diferença!

João Pedro Pais - Ninguém é de ninguém - LETRA (música romântica portugu...

O Homem que vou Amar

O AMOR sobrevoa-me há uns dias. Mas hoje especialmente.

Falava-me um amigo da sua dificuldade em estar com a sua namorada, dificuldade em aceitar as diferenças, as especificidades, as nóias dela. No fim rematou: "Mas eu gosto imenso dela!"

Fiquei a pensar... Como poderia ele gostar imenso dela se não aceitava o todo que a completa?! E fiquei realmente a pensar...

Há bocado, deambulando pelo FaceBook dei por mim a ler algo como que uma carta que alguém dedica à mulher que vai amar. Para ele amar era tão necessário como respirar e essa mulher, que ele iria amar, teria de precisar também do seu amor para respirar ... Estranha esta forma de amar, pensava eu... Mas mais à frente escrevia: " .. dizem que amar não é saudável, mas amar é louvável..".

E esta frase enterneceu-me.

Mas rematava: " Se queres ser a mulher que eu amo, tens de precisar de mim, tens de me asfixiar de ti, tens de estar, como as minhas pernas e os meus braços, em mim: sempre em mim."

E eu digo: isto não é amar! Não pode ser!

Eu jamais poderei ser essa mulher... e um amor assim eu também não quereria que sentissem por mim.

O homem que vou amor tem que usufruir, não me pode possuir;

O homem que eu vou amar tem que gostar do todo, mas também de cada nada que o complementa;

O homem que eu vou amar tem que transformar cada abraço num céu aberto, cada beijo num refresco, cada olhar num voo e cada momento num sonho...

Porque é assim que o vou amar... por inteiro... na liberdade que o criou, no desejo que o traz de volta... guiada pelo odor de sua alma...